terça-feira, 11 de setembro de 2012

BRASIL RICO EM MINÉRIOS.

Entenda por que é importante para o Brasil proteger suas reservas de nióbio, um mineral altamente estratégico. Mas o assunto parece ser tabu.


O governo federal acerta quando decide incrementar pesquisas, prospecção e exploração de terras raras. Antes disso, porém, o Brasil tem que consertar a vergonha nacional que é a exploração de nióbio. Segundo dados da CPRM, o Brasil detém 99% de todas as jazidas mundiais de nióbio, sem mensurar as prováveis jazidas que dizem existir na reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima.
Pois bem, sendo quase o único produtor e exportador mundial de nióbio, o Brasil não fixa o preço do minério; este é fixado pelos compradores, via Bolsa de Londres (London Metal Exchange). Esse fato, além de surreal, é completamente lesivo aos interesses brasileiros. Numa analogia, os países produtores de petróleo, congregados na OPEP ou fora dela, aceitariam que o preço do barril fosse fixado pela Nymex?
Enquanto o Brasil não desatar o nó górdio da nióbio, não será aceito nas interlocuções internacionais como um player sério… Já pensou se fosse a China ou os EUA a deter o controle de tamanhas jazidas de nióbio? Será que adotariam uma política tão antinacional e entreguista quanto a que o Brasil adota?
A bem da verdade, é necessário registrar o seguinte fato: em 1997, FHC, então presidente da República, tentou vender a jazida de nióbio de São Gabriel da Cachoeira – AM por 600 mil reais, sendo que a jazida (ela sozinha suficiente para abastecer todo o consumo mundial de nióbio por cerca de 1.400 anos. Segundo o Almirante Roberto Gama e Silva, somente a jazida de São Gabriel havia sido avaliada pela CPRM em Um Trilhão de dólares!
Tal ação lesa-pátria foi impedida por um grupo de militares nacionalistas, especialmente o almirante Roberto Gama e Silva. Essa é uma situação surreal que Lula herdou de FHC e manteve inalterada, infelizmente.
Mas por que o nióbio desperta tanta polêmica? O que significa, na prática, deter a posse de tamanhas jazidas desse mineral? Bem, trata-se de elemento químico do grupo de transição na Tabela Periódica, número atômico 41, e massa atômica de 92,9 u.
E a situação das reservas mundiais é a seguinte. Canadá: 62.000 ton., Austrália: 21.000 ton., Brasil: 3.392.800.000 ton., assim distribuídas: Catalão – GO: 4.800.000 ton., Araxá – MG: 488.000.000 ton., São Gabriel da Cachoeira – AM: 2.900.000.000 ton., Raposa Serra do Sol – RR: não mensuradas
O nióbio apresenta numerosas aplicações. É usado em alguns aços inoxidáveis e em outras ligas de metais não ferrosos. Estas ligas, devido a resistência a altas temperatura e pressão, são geralmente usadas para a fabricação de tubos transportadores de água e petróleo a longas distâncias.
É usado em indústrias nucleares devido a sua baixa captura de nêutrons termais. Também usado em soldas elétricas. Devido a sua coloração, é utilizado, geralmente na forma de liga metálica, para a produção de jóias como, por exemplo, os piercings.
Quantidades apreciáveis de nióbio são utilizados em superligas para fabricação de componentes de motores de jatos, subconjuntos de foguetes, ou seja, equipamentos que necessitem altas resistências a combustão. Pesquisas avançadas com este metal foram utilizadas no programa Gemini.
E está sendo avaliado como uma alternativa ao tântalo para a utilização em capacitores.
O nióbio se converte num supercondutor quando reduzido a temperaturas criogênicas. Na pressão atmosférica, tem a mais alta temperatura crítica entre os elementos supercondutores, 9,3 K. Além disso, é um dos três elementos supercondutores que são do tipo II (os outros são o vanádio e o tecnécio), significando que continuam sendo supercondutores quando submetidos a elevados campos magnéticos.
Mais um fato que transformará o nióbio em mineral estratégico (mais do que já é) é a nascente tecnologia dos computadores quânticos. Dessa tecnologia, ainda embrionária, nascerá o computador do futuro, que será baseada no qubit (bit quântico). E o qubit é formado por uma porção de nióbio circundada por uma bobina. Quando a bobina é estimulada eletricamente, ela gera um campo magnético, que provoca alterações de estado nos átomos de nióbio. Essas mudanças de estado são captadas pelos circuitos e transformadas em dados. Para que tudo isso funcione, o chip quântico precisa ser congelado a 4 milikelvins, temperatura muito próxima do zero absoluto. Isso é feito por meio de um sistema de refrigeração com hélio líquido. O nióbio torna-se supercondutor nessa temperatura.
Agora, a jóia da coroa: o uso do nióbio no processo de fusão nuclear. Pesquisadores europeus, japoneses, americanos, russos e chineses estão construindo na cidade francesa de Cadarache, um reator de fusão termonuclear, que, quando em operação e se obtiver sucesso, vai apresentar um passo gigantesco no sentido da busca de energia limpa, barata e inesgotável.
Bombardeando isótopos de hidrogênio (deutério e trítio), a matéria mais abundante no universo, a uma temperatura de 100 milhões de graus Celsius, obtém-se, pela fusão nuclear, átomos de hélio (um gás nobre e neutro, usado para encher balão) e uma gigantesca liberação de energia. Será o começo do fim da era do petróleo na Terra.
Bem, e onde entra o nióbio nessa história toda? Como resistir a tais temperaturas? Os pesquisadores então criaram um supercampo magnético (um imã gigante), que resiste a altíssimas temperaturas e faz com que o processo de liberação dessa energia se dê a uma distância controlada das paredes do reator. É bom salientar que, conforme as pesquisas, somente um elemento químico consegue criar esse supercampo magnético: o nióbio. Esse mesmo mineral que o Brasil é quase o detentor exclusivo de todas as jazidas mundiais!

domingo, 2 de setembro de 2012

Devemos nos preocupar com isso? ou vamos ficar figindo que nada esta acontecendo?

Blackwater: Agência ianque de mercenários quer atuar na América do Sul

Todos os anos, a Universidade Sonoma State, na Califórnia, publica o índice do chamado "Projeto Censurado". Trata-se de uma lista dos 25 assuntos mais boicotados pelo monopólio dos meios de comunicação do USA. São aqueles temas que as grandes emissoras de TV e os grandes jornalões, comprometidos com o poder imperialista, mais se esmeram para manter por debaixo dos panos. Na edição de 2008 do "Censurado", relativo ao que aconteceu no ano de 2007, pode-se ver na sétima posição do ranking o ítem "Por trás da Blackwater Inc".

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Cartaz na entrada do centro de treinamento de Blackwater
Para medir as notícias mais sonegadas aos cidadãos do USA pelos veículos de massa ao longo de um ano, professores da Sonoma State enumeram os assuntos mais divulgados em pequenas emissoras de rádio e de TV, veículos alternativos da internet e em pequenas publicações voltadas para as classes populares. A sétima novidade mais difundida por estes veículos no ano passado — e a mais censurada pelos jornalistas e donos da grande imprensa — foi o lançamento do livro Blackwater: A ascensão do mais poderoso exército mercenário do mundo, do jornalista Jeremy Scahill.

Scahill, jornalista de um programa de rádio e TV chamado Democracy Now!, investigou o que chama de "nossos mercenários no Iraque": cerca de 20 mil indivíduos contratados pela administração Bush que compõem no Iraque a maior base militar privada do planeta, todos funcionários da Blackwater Security Consulting. Em uma palavra, mercenários. Mercenários que contam com a logística nada modesta de uma central de inteligência e uma esquadrilha de dezenas de aviões e helicópteros para reprimir o povo iraquiano.

Opressão militar privatizada

A Blackwater é uma empresa pioneira. Ela abocanhou os primeiros contratos ditos de "segurança" da estratégia ianque de dominação mundial pela via de aparatos militares privatizados — estratégia concebida pela nata da intelectualidade reacionária dos USA, ligada ao mesmo tempo ao poder dos monopólios ianques e ao alto escalão da administração Bush, o que no fim das contas dá no mesmo.

Estes objetivos estão esquadrinhados no "Projeto para um Novo Século Americano" (PNAC, na sigla em inglês), elaborado em 1997 por gente como Dick Cheney, Donald Rumsfeld e Paul Wolfowitz. No ano 2000, pouco antes das eleições ianques, a mesma laia redigiu um documento chamado "Reconstruindo as defesas americanas: estratégia, forças e recursos para um novo século". O texto lançou as bases dos rearranjos da estratégia imperialista do USA para o século XXI. As condições para que o império passasse a terceirizar sua máquina assassina estavam criadas.

Hoje, são contratos de até 500 milhões de dólares, como aquele assinado com o Pentágono para, entre outras "missões", cercar de mercenários assassinos o perímetro da embaixada ianque em Bagdá, escolta de autoridades no Iraque e operações de apoio ao exército do USA no Oriente Médio. Quando pessoas foram torturadas, humilhadas e ridicularizadas na prisão de Abu Ghraib, mercenários da Blackwater puderam ser vistos nas imagens que vazaram e correram o mundo.

'Diversificar os negócios'

Caso alguma universidade brasileira se disponha a fazer um levantamento dos assuntos que mais são escondidos do povo pelo monopólio dos meios de comunicação, certamente iríamos nos deparar com uma notícia sobre a Blackwater que envolve o nosso continente e, por conseguinte, nosso país.

A notícia é a seguinte: a maior fornecedora de mão-de-obra paramilitar para a administração Bush está de olho grande na América Latina, que vê como "mercado futuro". E quem diz isso é o mesmo Jeremy Scahill que escreveu o livro que desnuda magistralmente os negócios escusos entre o governo ianque e a companhia dita de "serviços de defesa independentes".

Scahill diz que a Blackwater está em ascensão meteórica desde os acontecimentos de 11 de setembro de 2001, e está se convertendo em um dos poderes mais influentes sobre o complexo militar-industrial do USA. Em declarações à agência de notícias EFE no início do último mês de maio, ele disse que a empresa de mercenários conseguiu lucros recordes nos últimos dois trimestres, o que vem animando sua direção no sentindo de "diversificar os negócios", por assim dizer.

Como se sabe, a moderna empresa capitalista não pode parar, não pode arrefecer em sua sanha de reproduzir o dinheiro, não pode se contentar com ótimos resultados financeiros em mercados consolidados, sob pena de espantar investimentos, ver reduzir o valor de suas ações e cair no limbo da suspeita de estagnação que assombra as companhias que não conseguem apresentar ganhos com razão exponencial a cada prestação de contas.

Por isso a Blackwater estaria buscando "se adaptar a novas realidades", o que, segundo Jeremy Scahill, passaria por estender sua área de atuação até a América Latina. Talvez os executivos da empresa ianque tenham se animado com a longa história de repasse de dinheiro do USA aos paramilitares da Colômbia que há décadas aterrorizam o povo daquele país.

Pois foi exatamente um plano "contra as drogas" a ser implementado no México e na própria Colômbia que o Pentágono encomendou à Blackwater, acenando com um primeiro contrato de nada menos do que 15 milhões de dólares para a contratação de mercenários recrutados nos países do continente.

Lula faz negócio com os mercenários

"O futuro passa pelo treinamento e pela preparação de militares latino-americanos, com o objetivo de ter pequenas equipes paramilitares trabalhando para estas empresas na América Latina", diz Scahill.

Sim, "estas empresas", porque a Blackwater é a maior e mais sanguinária, mas não é a única prestadora de serviços mercenários para os fins imperialistas do USA. Existem ainda a britânica Aegis e as americanas Triple Canopy, Zapata, Titan e CACI, entre outras.

Nem tampouco o Iraque é o único teatro de operações da Blackwater, o que mostra que a disposição para "diversificar os negócios" já está a todo vapor. Além do Pentágono, a CIA também já se vale de seus serviços paramilitares para reprimir o povo do Afeganistão. Em 2005, depois de o furacão Katrina devastar a cidade de Nova Orleans, os mercenários contratados pela empresa foram deslocados para a área afetada ao custo de 950 dólares por homem, pagos com dinheiro público do USA a fim de conter a revolta de seu próprio povo.

E uma notícia ainda mais fresca sobre a Blackwater envolve diretamente a gerência Luiz Inácio. No dia 25 de fevereiro deste ano, o Estado brasileiro entregou uma encomenda feita pela empresa. O produto? Um avião militar Super Tucano. A aeronave foi vendida na surdina pela Embraer para esta firma de contratação de assassinos que vem sendo investigada pelo próprio Congresso do USA. O negócio contou com autorização expressa da presidência da República depois de contatos diretos com o governo ianque.

Noves fora a imoralidade óbvia, a legislação brasileira proíbe a venda de equipamentos militares para empresas particulares e para uso em guerras ou conflitos já existentes quando do momento da negociação.

A subserviência de Luiz Inácio ao imperialismo realmente não conhece limites.

A generosa contribuição do PT

A partilha da Amazônia: O império requisita a floresta
       

 

Há muito se denuncia que as áreas de preservação na Amazônia não passavam de reservas do imperialismo. Hoje, tudo se esclarece. De fato, na Amazônia, apenas as cidades e algumas grandes propriedades no interior são brasileiras. As partilhas se revelam mais sofisticadas que os antigos métodos de anexação territorial, e diferentes áreas nas reservas, desde algum tempo, são abertamente negociadas para a exploração por parte das empresas do imperialismo.

Isolada na selva, nenhuma planta, nenhum sítio mineral tem valor que se expressa em dinheiro (preço), exceto se houver trabalho, particularmente quando uma substancial parte do trabalho não é paga.


Luís Inácio sancionou, no dia 2 de março, após o prolongado feriado do carnaval, a Lei de Gestão de Florestas Públicas que permite a exploração madeireira e outras atividades econômicas em áreas florestais sob domínio federal. Originária do projeto 4776/2005 — aprovado pela Câmara em 7 de julho de 2005, através de um fulminante "acordo de lideranças" e, no Senado, em 1º de fevereiro de 2006 (39 votos contra 14 e uma abstenção) — agora Lei 11.284/06, é considerada a mais importante ação da gerência FMI-PT na esfera ambiental. Para não fugir à tradição, a homologação se fez acompanhar de asneiras pronunciadas com ênfase, como a justificativa de "disciplinar o caos fundiário na Amazônia e conter o desmatamento na região".
E a Lei autorga o uso das áreas públicas da floresta, em até 50 milhões de hectares à exploração "sustentável", ao "turismo ecológico", e, finalmente, à especulação com "madeira e produtos não-madereiros" — quando seria mais simples dizer especulação em geral.
Na prática, a operação parlamentar e aprovação da Lei pelo Executivo abriram caminho para uma espécie de grilagem legal e altamente sofisticada, promovendo o arrendamento para os grandes conglomerados mundiais de vastas extensões de florestas, por até 60 anos, com pagamento de royalties.
Antes, os incautos poderiam considerar fora da realidade qualquer coisa que levasse a imaginar a união de ambientalistas, madeireiros, ONGs, "movimentos" sociais monitorados pela Igreja, governos estaduais e federal em torno de um "consenso" que somam 5 milhões de quilômetros quadrados da floresta na chamada Amazônia Legal.

Basta fiscalizar ...

A ficção de conciliar extrativismo com preservação ambiental é a questão central entre atores sociais aparentemente tão antagônicos. Mantendo o estilo, tais atores fazem-se de crédulos para um outro devaneio, segundo o qual o Serviço Florestal Brasileiro — também criado pela Lei de Gestão de Florestas — será capaz de fiscalizar o impacto ambiental de atividades agrícolas empresariais que, por natureza, são predatórias.
Melhor seria dizer: basta que a rapina se torne legal e ela deixará de ser atividade predatória, dispensada qualquer fundamentação científica sobre os conceitos de rapina e predatório, como acontece com a tal "economia sustentável".
A Lei de Gestão de Florestas Públicas segue à risca os princípios das políticas implementadas pelos prepostos petistas do governo ianque que enxerga o país como uma grande e desafortunada empresa. A própria idéia de gestão — esta palavra cara ao léxico do "empreendimento neoliberal" e seus gerentes com mobilidade planetária — está umbilicalmente ligada ao movimento de convergência das "políticas públicas" na direção dos anseios do capital financeiro mundial.
Segundo a Lei, as áreas serão licitadas para "manejo florestal sustentável".
No dizer de Caroline Ruschel, professora de direito ambiental e internacional da PUC-RS, na teoria seria uma maneira de controlar a exploração da floresta, mas na prática é mais complicado, porque nem mesmo haveria fiscalização suficiente para dar conta de áreas tão vastas. Acrescente-se ao problema a questão da biodiversidade e as coisas se tornam muitas vezes mais difícil:
— Começa que, para derrubar uma árvore, muitas outras acabariam sendo derrubadas também. Ou seja, como sabemos que a concessão é para a exploração, seria ingenuidade da nossa parte não pensar no enorme estrago que isso irá causar ao habitat da área concedida.
Caroline considera que o governo compartilha com as madeireiras a visão utilitarista do meio ambiente. Ela cita o exemplo da atuação predatória da Aracruz Celulose no Rio Grande Sul:
— Aqui estão discutindo o plantio de pinus, uma árvore alienígena em uma região que já foi toda desmatada e está virando um deserto. Ao invés de deixar a área se recuperar, já que, teoricamente, não existe mais nada a fazer, a Aracruz está tentando a permissão para a plantação dessa espécie. O problema é que o pinus acabaria de vez com aquela área e o risco de contaminar regiões próximas é muito grande.
Agindo como a Aracruz Celulose — em cujos princípios expressos afirma respeitar as comunidades indígenas, mas na realidade usurpa suas terras para a (também) criminosa monocultura do eucalipto — as justificativas apresentadas pelo presidente da República, pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e por ecologistas da alta costura seguem obedientes o receituário da "responsabilidade social" das empresas.
Essas autoridades alegam que ceder florestas públicas à exploração do capital financeiro trará benefícios para a região amazônica, já que a lei prevê vitória nas licitações somente para a empresa que combinar melhor preço pelo produto ambiental e maior benefício socioeconômico local...

Teorias tecnocráticas

Os argumentos estão balizados na idéia de desenvolvimento sustentável, fundamentada nos princípios da "igualdade social e ambiental", um mito que emergiu a partir da década de 80 tentando conjugar conservação da natureza e desenvolvimento econômico, mantendo a integridade ecológica em tempos de acirramento do estímulo ao consumo.
Quando se contabiliza os custos ambientais para a sustentação de uma produção mais rápida e eficiente, a idéia de desenvolvimento sustentável ganha lances de marketing para preservar a imagem tanto de empresas quanto de "governos".
O desenvolvimento sustentável é uma contradição que não se sustenta, mas mesmo assim serve para nortear a atuação de movimentos ambientalistas e suas ONGs ao redor do mundo.
Quanto a tradicional extração de madeira no Brasil, ela nunca é respondida com o reflorestamento, pelo simples fato de que ela não passa jamais de economia extrativista, embora lhe dêem outros nomes para, cinicamente, atenuar males.
Na Amazônia já é imensa a área degradada em mãos de latifundiários. Os "governos" que se sucedem, obedientes aos latifúndios e ao capital financeiro, arrecadam impostos para promover o replantio, mas cuidadosamente não plantam coisa alguma.
De resto, um mundo de terras agricultáveis existe em grande parte do território nacional, com 90 por cento delas nas mãos dos latifundiários nativos e estrangeiros, cujas constantes "regulamentações fundiárias" jamais permitiram ao Brasil ter algo que possa ser, de longe, chamado de agricultura.
Curiosamente, a Lei de Gestão de Florestas reuniu em seu apoio essas mesmas ONGs e esses mesmos agentes do mercado, de mãos dadas em torno da festejada panacéia das empresas guardiães da floresta.
ONGs como as WWF (Fundo Mundial para a Natureza) e Greenpeace se tornaram marcas internacionais, tendo como mote de seus princípios institucionais a "utilização racional" (para quem?) dos recursos do meio ambiente*.
Já o diretor emérito da WWF Brasil, Paulo Nogueira Neto, foi membro da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento das Nações Unidas (Comissão Brundtland), que em 1987 formulou o conceito de desenvolvimento sustentável.
O conselho diretor da WWF Brasil conta ainda com nomes festejados pelo setor empresarial, como Christina Carvalho Pinto, eleita em 2004 pela revista Forbes a mulher mais influente do país no setor de propaganda e marketing e Álvaro Antonio Cardoso de Souza, ex-presidente do Citibank Brasil . Um exame mais atento pode explicar em parte o apoio do monopólio dos meios de comunicação à Lei de Gestão Ambiental: entre os diretores da WWF Brasil, estão José Roberto Marinho, presidente da Fundação Roberto Marinho, e Pedro Sirotsky, vice-presidente da RBS — Rede Brasil-Sul de Comunicações.
Diversos representantes de ONGs ambientalistas de prestígio junto ao setor empresarial prestam consultoria ao Ministério do Meio Ambiente. Assim, o diretor do Programa Nacional de Florestas, Tasso Rezende de Azevedo, parece respaldado quando afirma que o governo optou por "gerir a floresta pública em parceria com a sociedade".

Ambiente de corrupção

Os "parceiros" escolhidos não são mais os velhos representantes da direita rural arcaica, mas as respeitáveis empresas com o apoio moral do certificado ISO 14000 — de qualidade, segundo os padrões das grandes corporações, uma série de normas internacionais que tratam do gerenciamento do "meio ambiente", sendo um comprovante para as empresas de que seus produtos "não causam problemas ambientais", nem antes nem depois de produzidos e utilizados.
Teoricamente, apropriação de terras públicas, a partir de agora, só com a cumplicidade oficial. Os grileiros estão sendo alijados da farra latifundiária. A palavra grileiro tem origem em uma fraude. Os moradores da região colocavam documentos conseguidos em cartórios especializados em falsificações dentro de uma gaveta ou caixa repleta de grilos. Os grilos soltam uma substância que deixa o papel amarelado, parecendo ser papel velho. Eles utilizavam esse papel para dizer que determinada área era de sua propriedade. Mas os toscos e velhos métodos utilizados para apropriação de terras não têm mais lugar num mundo onde madeireiras têm seu capital posto à prova nas bolsas de Nova York e Madrid.
A Lei de Gestão de Florestas cria mecanismos que impedem os (antigos) grileiros de usar o desmatamento como demonstração de posse ou conseguir qualquer espécie de titularidade sobre a terra.
Mas os velhos papéis amarelados serão substituídos por licitações novinhas em folha, que serão o símbolo de mais um passo na direção do processo de despolitização patrocinado pelo governo federal, cuja máquina de propaganda vem plantando com sucesso nos grandes jornais e emissoras de TV que o arrendamento de florestas públicas — divulgado sob o eufemismo de "concessão" — é a única solução para a questão ambiental na região.
Enfim, o verdadeiro Brasil está farto do que o Estado chama de legal, de lícito e todas as suas trapalhadas, incluindo as tais fiscalizações sobre espécies florestais.
Segundo os termos do que o governo chama de parceria — na verdade, uma nova forma de apropriação privada dos bens públicos — as empresas, agraciadas com milhares de hectares de florestas, poderão oferecer a produção como garantia a financiamentos de bancos internacionais.
A Lei de Gestão de Florestas, portanto, não pode ser compreendida fora do contexto da expansão do capital financeiro e das estratégias das corporações, como da atuação confessa do ministério do Meio Ambiente — outrora um mito de trincheira da luta pela preservação da Amazônia — ou ser avaliada ignorando os financiamentos conseguidos junto ao Banco Mundial.
Para Caroline Ruschel, também coordenadora do grupo de estudos "Estado de Direito Ambiental" — que discute o papel, os limites e as possibilidades do Direito Ambiental na realidade social -, o problema é que o lobby de empresas que têm interesse exclusivamente em seus lucros acaba persuadindo, ainda mais, governos criados para serem persuadidos.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Não Mandamos mais em nosso país!

Clinton cobra do Brasil ações para a defesa da Amazônia


Em palestra em Fortaleza, ex-presidente dos EUA diz que “o mundo todo está de olho” nas ações ambientais do País

Na capital cearense para uma palestra de 90 minutos sobre sustentabilidade global para 2 mil pessoas, a convite da Universidade de Fortaleza (Unifor), o ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton declarou amor ao Brasil, mas cobrou do País mais ações em defesa do meio ambiente, em especial da Amazônia, e da produção de energia limpa.
 
“O que o Brasil está fazendo em relação ao meio ambiente, o mundo todo está de olho”, afirmou. Ainda sobre esse tema, Clinton disse que a Floresta Amazônica produz 20% do oxigênio do planeta, mas está sofrendo com a degradação. “Os agricultores de cana-de-açúcar empurram os pecuaristas para a floresta”, disse.
 
Apesar das cobranças, o ex-presidente americano foi diplomático e fez vários elogios ao Brasil, principalmente à recuperação da economia e à diminuição das desigualdades sociais. “O Brasil foi um dos poucos países que tiveram, na última década, um crescimento robusto e um declínio na desigualdade”, destacou.
 
Outro tema levantado por ele foi a participação brasileira na reconstrução do Haiti. “O Brasil foi fundamental à sobrevivência do Haiti”, afirmou.
O americano resumiu os problemas do mundo em três categorias: “instabilidade e incertezas; desigualdade; e modelo insustentável pelo clima”. “Um dos grandes problemas do mundo é produzir energia limpa.”
 
Ele também apontou o terceiro setor como fundamental para resolver os grandes problemas mundiais nas áreas de saúde, educação e meio ambiente. “O terceiro setor estreita os laços onde o governo não chega e onde o privado não atua”, disse, reforçando que esses três setores devem ser fortes para que um país seja desenvolvido.
 
“Devemos sempre debater duas coisas: o que você vai fazer e quanto você vai gastar para fazer”, afirmou. Segundo o ex-presidente, “não importa quanto dinheiro você tem; o importante é como você vai fazer para mudar a vida das pessoas”.
 
Clinton não falou sobre as eleições presidenciais americanas deste ano, mas lembrou que, quando presidente (1993-2001), conseguiu “economizar muitas florestas”, o que disse ter sido “nossa maior contribuição”.
 
Ontem à noite, Clinton faria outra palestra em Belém (PA), no 19.º Congresso Brasileiro de Contabilidade.
 
 
Porque será que eles estão nos alertando sobre nossa amazônia?
 
É claro que os americanos cria situações para  resolverem e depois tomar tudo.
Fico puto com nossos potliticos que ainda deixar esses caras vir e dizer o que quizerem.
 
O cara disse que o MUNDO TODO esta de olho em nossa AMAZÔNIA caramba até quando eles irão perceber  que eles é que estão de olho!!! uma coisa eu concordo com o Clinton, o terceiro setor e fundamental para crescimento do país, se eles olharem de verdade existem ORGANIZAÇÕES que são serias para contribuir com país, e uma delas e AEMFAB que esta a disposição para Colaborarmos com a proteção de nossas Froteiras.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

PLINIO VS DILMA - Debate Record Eleições 2010



Porque será que todos que falam a verdade não são levados a serio?
Plinio detona Dilma no debate e ainda da aula de econômia mostrando o que realmente deve ser feito
para o povo Brasileiro, poxa a Dilma lhe da resposta que todos nós já sabemos, que e mesma coisa repitida de governo em governo!  ACORDA MEU BRASIL!!!!

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

AEMFAB Internacionalização da Amazônia



Não sou muito adbito a esse potlitico, mas tenho que reconhecer, esse discurso foi muito bom e a assim que temos que agir com o que é nosso de direito isso e politica, se todos fizessem o mesmo, não somente sobre o assunto da Internacionalização da Amazônia que também é muito importante, mas na saude, educação e emprego seriamos um país muito forte.

Durante debate ocorrido no mês de Novembro/2000, em uma Universidade, nos Estados Unidos, o ex-governador do Distrito Federal, Cristovam Buarque, foi questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia. O jovem americano introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um humanista e não de um brasileiro. Segundo Cristovam, foi a primeira vez que um debatedor determinou a ótica humanista como o ponto de partida para a sua resposta

AEMFAB ESTADOS UNIDOS INVADE A AMAZÔNIA - Na atual Propaganda do Exército Ameri...



Qual seria a intenção dessa propaganda americana?

No video eles detonam o CIGS mostram com facilidade a tomada de terreno.

Deviamos levar mais a serio quando se fala em conspirações, muitos pensam que só acontecem em filmes.

Fiquem atentos  90% do que é publicado na midia não e verdade, eles escondem muita coisa seria!
Nesse momento o mundo esta em desordem total, não pensem vcs que esta tudo bem! nada disso, esta tudo mau, procure se informa mais saber mais.